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Dia Internacional pela eliminação da violência contra as mulheres

Dia Internacional pela eliminação da violência contra as mulheres

Hoje, dia 25 de Novembro trazemos um Artigo de Opinião, pela autoria do grupo de trabalho para promoção da Igualdade de Género do STSS, que alerta para a eliminação da violência contra as mulheres.


A violência Contra as Mulheres é uma forma de discriminação e uma grave violação dos Direitos Humanos, com impacto não apenas nas vítimas, mas em toda a sociedade. Assume diversas formas, como a violência doméstica, incluindo a violência no namoro, a mutilação genital feminina, o casamento infantil, a violência obstétrica, a violência no trabalho, entre outras.

Desde 1999 que a ONU assinala o Dia 25 de novembro como o Dia Internacional pela Eliminação da Violência Contra as Mulheres, com o propósito de alertar para a violência física, psicológica, sexual e social que atinge as mulheres. Segundo a ONU Mulheres, uma em cada três mulheres experienciam violência sexual ou física ao longo da vida, realidade não distante dos números portugueses.

Como agravante, este fenómeno global tem escalado a um ritmo alarmante. Em Portugal, as participações de crime de violência contra as mulheres têm vindo a crescer nos últimos anos, especialmente acrescidas pelo confinamento imposto na luta contra a pandemia COVID 19.

A violência contra as mulheres é um problema de saúde pública, educacional, social, de segurança e criminal. Não só causa dor e sofrimento às vítimas, mas também provoca grandes custos para a economia e para a sociedade. No entanto, a extensão e a associação de custos à violência contra as mulheres, abrangendo a perda de produção económica, gastos públicos em serviços de saúde, jurídicos, sociais e especializados para mitigar os danos e impactos pessoais nas vítimas, raramente são analisados.

A discriminação contra as mulheres tem por base estereótipos enraizados na sociedade, com reflexo na disparidade da divisão do trabalho, refletindo-se em todos os aspetos da vida económica, social e política. O desempenho de funções diferentes e salários diferentes afeta o aspeto económico, pois as mulheres obtêm menos recursos monetários pelas tarefas que realizam. Verifica-se ainda um número menor de mulheres em todos os cargos de decisão, tanto políticos como em altos cargos empresariais. Em todos os lugares que proporcionam prestigio e status é notório o menor número de mulheres.

Não basta intervir após o ato de violência contra as mulheres. É também necessário agir a montante da violência, em particular abordar normas sociais e desequilíbrios do poder. É importante que a polícia e os sistemas judiciais aumentem a responsabilização dos agressores e ponham fim à impunidade, mas é também crucial ganhar os homens para esta causa. É preciso desconstruir os preconceitos que criam a masculinidade tóxica e que provocam sofrimento inútil a homens e mulheres. É essencial uma Intervenção Integrada, onde todos temos um papel na transmissão de valores que perpetuem a igualdade de género!

Precisamos de consolidar o sentido de responsabilidade coletiva, transmitir confiança a cada mulher na sua luta, e à sociedade em geral, bem como divulgar ainda mais as respostas e os mecanismos de apoio às mulheres, ao mesmo tempo vítimas e sobreviventes destes crimes.

Que a voz de todos se torne una para dizermos alto e em bom som: NÃO, à violência contra as Mulheres.

 

25 de Novembro

Dia Internacional pela eliminação da violência contra as mulheres

Por: Carminda Costa, Célia Rodrigues, Céu Magalhães, Clara Santos, Lucília Vicente, Marta Mesquita
Grupo de trabalho para promoção da Igualdade de Género do STSS

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