O STSS pretende avançar com uma nova greve, no dia 25 de maio, caso o Ministério da Saúde não apresente, na reunião de amanhã, dia 12 de maio, propostas concretas que permitam avançar na negociação.

Em causa está o incumprimento, por parte do Ministério da Saúde, da calendarização das negociações com a plataforma sindical, materializado nos sucessivos adiamentos das reuniões por parte do Secretário de Estado da Saúde e pela falta de propostas concretas por parte do Governo.

A perceção que existe junto dos profissionais que representamos é que o Governo pretende protelar a resolução dos problemas, porque adia reuniões, mas principalmente porque não apresenta propostas ou contrapropostas aos sindicatos, situação incompreensível e inaceitável ao fim de seis meses do início das reuniões com a tutela, realidade que leva os profissionais a concluírem pela ausência total de vontade política para resolver os seus problemas mais importantes.

Tal como afirmado em ofício enviado ao Secretário de Estado da Saúde e em defesa dos interesses dos nossos associados, caso o Governo não apresente respostas e propostas imediatas na próxima reunião, prevista para o dia 12 de maio, vamos desenvolver formas de luta que tornem mais visível o grau de descontentamento dos profissionais que representamos, começando desde já, e decretando o primeiro dia de luta e protesto com greve nacional, no dia 25 de maio, assim como outras ações que brevemente e em tempo oportuno, anunciaremos.

A reunião que estava prevista para o dia 5 de maio e que foi desmarcada pela tutela, está agora, reagendada para amanhã, 12 de maio, às 11h00.

A plataforma sindical espera que a mesma se realize para que seja possível evoluir na negociação.

Tendo a tutela deixado claro o compromisso de um trabalho contínuo com os sindicatos e o cumprimento do cronograma de trabalho,o STSS, espera que nesta reunião sejam já apresentadas medidas concretas que comecem a dar resposta efetiva às reivindicações dos profissionais.   

Na última reunião, realizada no dia 16 de março, o Ministério da Saúde apresentou uma alternativa ao cronograma negocial proposto pela plataforma sindical. Esta proposta alternativa ordena, segundo o Ministério da Saúde, os assuntos com maior rapidez de implementação/resolução, deixando para o fim os pontos que carecem de maior complexidade.

A plataforma sindical acabou por anuir com o cronograma apresentado de modo a se poder evoluir na negociação.

Nesse cronograma foram elencados os pontos a discutir nas reuniões seguintes, entre os quais se destacam o levantamento de necessidades para os concursos de progressão na carreira TSDT, a contagem do tempo de serviço dos CIT, a discussão das tabelas salariais e a valorização remuneratória, pela aplicação do DL 84F, a contagem de pontos e outras matérias, nomeadamente, a avaliação de desempenho.  

A atuação dos Sindicatos tem sido construtiva e disponível para, à mesa com o Governo, resolver o problema das pessoas e devolver-lhes a legítima expetativa e a vontade de serem cada vez melhores profissionais. Por isso, no decurso da negociação com a tutela, não vamos aceitar princípios diferentes daqueles que já foram aplicados a outros grupos profissionais, em matérias como a atribuição de pontos, a contagem de tempo dos CIT e a atualização da tabela salarial, entre outras matérias.

Se o Governo, nas suas propostas, não for ao encontro das exigências dos sindicatos, especialmente nas reiteradamente anunciadas e apresentadas ao Governo pelo STSS e pela plataforma sindical, teremos de evoluir para outras formas de protesto e luta, demonstrando o nosso descontentamento publicamente.

O STSS vai continuar a interpor ações judiciais, nomeadamente as dos CIT, e a realizar plenários nas Instituições, para esclarecer os associados e demonstrar em cada local de trabalho o descontentamento destes profissionais que exigem a resolução urgente dos seus problemas.