
AO DEFENDER AS PPP NO SNS: ANA PAULA MARTINS IGNORA PROFISSIONAIS DE SAÚDE
“Não podemos permitir que interesses do sector privado e social prevaleçam sobre as condições de trabalho dos profissionais e da qualidade dos cuidados prestados aos utentes” Luís Dupont.
A reativação das Parcerias Público-Privadas no setor da saúde, defendida pela Ministra da Saúde, Ana Paula Martins, levanta sérias preocupações sobre o impacto negativo que as mesmas têm sobre os profissionais de saúde. O modelo de gestão privado, que prioriza os lucros, tem resultado em condições de trabalho precárias, sobrecarga laboral e falta de recursos essenciais. Um exemplo claro disso é o caso do Hospital de Cascais, que tem mostrado como as PPP prejudicam os trabalhadores e comprometem a qualidade dos cuidados de saúde prestados à população.
Face a este cenário, o STSS - Sindicato Nacional dos Técnicos Superiores de Diagnóstico e Terapêutica lamenta a posição da Ministra, que vai contra o que esta própria defende para o SNS: a valorização dos profissionais de saúde e das suas carreiras. “Consideramos que a proposta de reativação das PPP não só é prejudicial para os profissionais de saúde, como representa um retrocesso nas condições de trabalho no SNS, contrariando a ideia de melhoria das condições de trabalho que a Sra. Ministra defende para os profissionais da área da saúde” alerta o Presidente do STSS, Luís Dupont.
Acrescentando ainda que “as Parcerias Público-Privadas no setor da saúde não foram a solução para os problemas do SNS, muito pelo contrário, elas têm agravado a precariedade e as condições de trabalho dos profissionais de saúde e consequente impacto na qualidade dos cuidados prestados. Não podemos aceitar que, sob a falácia de “melhorar o SNS”, se continue a explorar os trabalhadores e a desvirtuar o Serviço Nacional de Saúde público.”
O STSS reforça a sua posição de que a solução para os problemas do SNS não passa pela implementação de mais PPP, mas sim por uma reestruturarão e valorização dos profissionais de saúde com melhoria das suas condições de trabalho, o que não é compatível com a priorização dos lucros por via do modelo de gestão das PPP. O SNS precisa de mais investimentos públicos, mais profissionais qualificados e uma gestão pública, que priorize as necessidades dos utentes, valorize os seus trabalhadores, sem que prevaleçam os interesses do setor privado e social. “Defendemos um SNS robusto, com mais investimentos públicos, reforço dos recursos e valorização dos profissionais de saúde” conclui Luís Dupont.